a gripe suína adiou minhas aulas, então eu empolguei e resolvi prolongar minhas férias.
decidi que ia pra são paulo passar um com tempo cazamigas e dar uma badalada. preparei tudo, comprei a passagem e embarquei todo feliz.
já no onibus sento do lado de um senhor que, pra mim, é maluco: o cara dormia com a cabeça encostada na poltrona da frente segurando uma sacolinha plástica.ok, fiquei o mais distante possível dele, chegando a ficar em meia poltrona.
na metade da viagem o motorista pára no Graal, eu desço todo serelepe, peço dois pães de queijo e um suco de laranja e sento numa mesa pra usar a internet. conversei todo feliz com a Carol, terminei de comer, paguei minha comanda e fui saindo todo pirilampo. chego no estacionamento e: "MOÇA.CADÊ.MEU.ÔNIBUS?"
cara, meu ônibus tinha saído há quase QUINZE MINUTOS. então a moça chama o gerente e ele pede pro motorista de outra companhia me levar até o posto rodoviário policial que ele ligaria pra lá e pediria pra parar o meu ônibus.
aí começam as três fases do ocorrido: a adrenalina, o desespero e o plano de golpe.
A Adrenalina:
na adrenalina eu entrei no outro ônibus pensando "uhu, que emoção". fui todo alegre ainda planejando minha viagem, como seria quando eu encontrasse o Chacha na rodoviária, no mico que seria eu entrando no meu ônibus no meio do caminho e tals. até que chegamos no posto rodoviário, o motorista abre a porta e grita: "cara, ta aqui não!"
G E L E I.
"te levo até o proximo posto rodoviário e ele deve estar lá." ok. eu fui. mas aí começa o desespero.
O Desespero:
eu desesperei. comecei a olhar pros lados e ver que no ônibus que eu estava, pelo menos metade dos passageiros estava de máscara e que a menina atras de mim tossia FRENETICAMENTE enquanto a mãe dizia que a febre não passou.
C O N G E L E I.
além de não chegar em são paulo eu morreria na beira da estrada com gripe suína. ok, exagerei, mas juro que pensei isso.
chegamos no segundo posto e, adivinha? o ônibus não estava lá. fiquei puto. o motorista disse: "cara, o de Limeira é o último e eu não tô indo pro Tietê. tô indo pra Barra Funda. não sei como você vai fazer, mas eu te levo até lá"
aí começa o plano de golpe.
O Plano de Golpe:
falei que beleza, se o onibus nao estivesse no proximo posto eu iria até a barra funda e armaria BARRACO no guichê da empresa dizendo que "onde já se viu deixar um menor de idade pra tras, eu tenho meus direitos, dinheiro de volta, blablablawhyskasachê!"
era isso. além de ter vivido uma aventura ainda ia arrancar pelo menos o dinheiro da minha passagem da empresa.
mas não precisei do barraco: a polícia rodoviária pegou uma viatura e parou meu ônibus na estrada.
até que foi legal eu descendo na rodovia e subindo em outro ônibus escoltado por uma policial, sentando do lado do senhor maluco e ele dizendo que "sabia que estava faltando alguém, só não sabia que era você", mas não quero repetir a dose.
agora é curtir aqui em são paulo porque, depois de uma dessas, eu acho que mereço.
12 de ago. de 2009
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